Como é aí onde você mora?
A última edição do Censo trouxe algumas abordagens inéditas. Uma delas foi a apresentação de todas as coordenadas geográficas e dos tipos de edificações dos endereços recenseados. Tal informação permite verificar a quantidade de casas, templos, hospitais e escolas que existem aí onde você mora.
De posse desses dados, alguns portais estamparam manchetes ressaltando que o Brasil tem mais estabelecimentos religiosos que escolas e hospitais; comparação que foi prontamente criticada por pesquisadores.
“Periferias, vielas, cortiços / você deve tá pensando: o que você tem a ver com isso?”
Neste ano, o IBGE deixou de lado a denominação “Aglomerados Subnormais”, utilizada desde 1991, e passou a adotar a nomenclatura “Favelas e Comunidades Urbanas”.
Mas não foi só isso: rolou também mudança nos critérios empregados para identificar as favelas e comunidades urbanas.
Letícia de Carvalho Giannella, pesquisadora do IBGE, ressalta que o novo conceito não ignora as diferentes expressões locais, tais como grotas, palafitas, baixadas, vilas. etc.
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Fonte: IBGE.
Características dos Domicílios e as desigualdades regionais e por cor e raça
O IBGE divulgou resultados do Censo 2022 sobre o acesso à água, rede de esgoto, coleta de lixo e banheiros nos domicílios brasileiros. Abaixo os principais destaques:
Rede de esgoto alcança 62,5% da população, mas desigualdades regionais e por cor e raça persistem
Cerca de oito a cada dez pessoas moravam em casas, mas cresce proporção de moradores em apartamentos
Caso queira, veja ainda:
Arranha-céus
Santos (SP), Balneário Camboriú (SC) e São Caetano do Sul (SP) são as cidades que apresentam mais habitantes em apartamentos do que em casas, conforme noticiado aqui.
Aliás, ao falar nisso, aproveitamos para destacar que a cidade de SP ganhou mais de 400 mil apartamentos em 12 anos. E aqui vale resgatar reportagem a respeito da verticalização branca na capital paulista.
O Distrito Federal, por seu turno, é a unidade da federação que reune a maior proporção de moradores de aportamentos (28,7%). O Piauí apresenta a maior proporção de pessoas que vivem em casas (95,6%). Já a cidade de Rio Janeiro é a que concentra a maior proporção domiciliados em condomínios (ou casa de vila).
Podcast relacionado:
Outras edições sobre o Censo:
Anteriormente em Notícias do Espaço
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Créditos:
Pesquisa e desenvolvimento: Higor Mozart e Gabriel Arquette | Financiamento: Programa Institucional de Apoio à Extensão (PIAEX) do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (Edital 02/2024) | Coordenação: Higor Mozart