Uma teoria muuuuuuuito louca, só que não
Oi,
Hoje começamos com a banda The Amoeba People que fez uma música sobre Alfred Wegener. Se você quiser ouv…Calma, calma! Pera aí…Alfred quem? Ah, verdade. Esquecemos de falar que ele foi um cientista alemão que propôs a Teoria da Deriva Continental. De acordo com a mencionada teor…humm, a gente contando não vai ficar tão legal, por isso melhor ouvir a música. Afaste as cadeiras e bora dançar. Ok, ok, não é para tanto, mas clica aí no play, vai : )
Sim, eu sei, agora também estamos com essa música na cabeça! Mas temos uma ideia: vamos falar de outro nome para tentar te ajudar a esquecer certas pessoas.
Seguinte: você viu que só anos depois Alfred Wegener deixou de ser tachado de louco, né? Quem foi fundamental para isso foi Marie Tharp. Estamos falando da primeira geóloga e cartógrafa oceanográfica a mapear o fundo do oceano em 1948. Tá achando pouco? Então, receba: ela e Bruce Heezen (outro oceanógrafo) criaram teoria das Placas Tectônicas que demonstra como os continentes se separaram. Esse trabalho foi um dos primeiros a provar que as pessoas que riam de Wegener estavam bem enganadas.
Os feitos de Tharp ficam ainda mais incríveis quando folheamos as páginas do livro Women of Sicence e vemos que entre os anos de 1920 a 1970 havia mais ou menos só 4% de cientistas mulheres no mundo. Em tal ambiente, dominado por homens, a palavra de Tharp não era levada a sério. Foi então que ela deixou que os mapas falassem o que os homens insistiam em não dar ouvidos (Fonte: Nexo).
Na animação abaixo, de Rosanna Wan, podemos ver um pouco dessa história. Se as legendas não aparecerem, é só clicar para ativá-las na engrenagem no canto inferior direito.
Leituras relacionadas:
Já pensou quantas outras mulheres e suas ideias brilhantes não foram ignoradas?
O que o maracatu tem a ver com a Pangeia?
“O maracatu é uma manifestação da cultura afro-brasileira que surgiu em meados do século XVIII, no Brasil, com raízes na festa de coroação dos reis do Congo. As nações, como são chamados os grupos de maracatu, desfilam no carnaval pernambucano, contagiando o público com seu ritmo forte e seus mistérios. O maracatu é um rico exemplo de como a cultura da Mãe África, mesmo tão distante, influenciou a formação de nossa música, nossa dança e nosso carnaval”.
Assim começa o texto “Maracatu em Pangeia” do projeto “Ciência para Todos” que chama atenção para a antiga proximidade entre o continente africano e o americano. Proximidade essa que foi explicada pelo cientista alemão Alfred Wegener e sua Teoria da Deriva Continental. É só clicar aqui para ler.
Mais materiais sobre o assunto:
Texto e episódio do Magmacast sobre Tectônica de Placas.
Programa da Rádio UFMG sobre a Teoria da Deriva Continental
A primeira geóloga a mapear o fundo do oceano ouviu que sua teoria era ‘papo de garota’
Episódio “Terremotos, tsunamis e vulcões” do Podcast Ciência no Dia a Dia da Rádio UFRJ
“Eles são assim: racismo e o terremoto de 12 de janeiro de 2010 no Haiti”
Brasil tem, sim, terremotos - e há registro até de tremor com 'pequenos tsunamis'
Ah, e se você não conseguiu tirar a música sobre Alfred Wegener da cabeça, quem sabe não ajuda tentar essa outra aqui?
Eita, agora bateu uma dúvida: se os continentes se separaram, eles não podem muito bem se juntar novamente? É isso o que a gente descobre no vídeo da série Ciência USP Responde. Se liga aí:
População
Você viu que dedicamos duas edições para tratar do Censo (Amarildo não está mais só e “Não existem índios no Brasil”), né?
Mas você viu também que os recenseadores relataram situações envolvendo atrasos de salário, agressões e roubos? Dá uma olhada aqui.
Recenseadores fazem greve; IBGE diz que coleta do Censo não foi afetada.
"Só queremos dignidade para a categoria" é o que sinaliza Lucas Ferreira, da União dos Recenseadores de Salvador.
Profissão Repórter retratou o trabalho de pesquisa pelo país.
Ainda sobre o Censo vale a pena conferir também:
“Responda para ter respeito” – Carta Manifesto ao Censo 2022 - Coalizão Negra por Direitos
Você sabe o que é pardo? Termo já foi usado para definir indígenas e negros
'Pardo não': entenda importância do Censo em aldeias e quilombos
Falando em população, fundamental pontuar os 10 anos da Política de Cotas. Bora conferir no fio abaixo:
Você pode gostar também:
Saúde, cotas e uma ilustração que provavelmente você nunca viu
Das cotas ao doutorado nos EUA: 'mudou minha história', diz Gil do Vigor...
Escrevemos as linhas acima enquanto ouvíamos o podcast Querino produzido por Tiago Rogero. Os episódios nos ajudam a refletir sobre as histórias e questões da população negra no Brasil.
O primeiro episódio “A grande aposta” trata dos “esqueletos no armário da Independência do Brasil”. Episódio ainda mais recomendado diante do bicentenário da independência. Faça esse favor a si mesmo e separe um tempo para ouvir:
Outra dica é conferir a mesa “Geografia Histórica do Bicentenário da Independência: Brasil entre colonização e neocolonialismo”, com os professores Manoel Fernandes de Sousa Neto (USP), Valter Carmo Cruz (IFF), Eguimar Felício Chaveiro (UFG) e Márcia Maria Menendes Motta (UFF), com mediação de Rogata Del Gaudio (UFMG):
Seguindo na temática, o IBGE lançou o livro “As estatísticas nas comemorações da Independência do Brasil”. Para acessar a versão em e-book é só clicar aqui.
E você sabia que indígenas se apropriaram de ideias que circulavam nas Américas e na Europa para reivindicar direitos?
Palavra da Semana: Independência, condição do Estado que tem autonomia política e soberania
Ainda falando sobre população, na Rússia Putin quer convencer as mães russas a terem mais de 10 filhos. No Canal da Mancha, a travessia de migrantes bateu recorde em 24 horas. Enquanto isso, no Brasil a Pandemia fez o pais envelhecer uma década mais cedo e a fome avança.
Leia também: "Ô Josué, eu nunca vi tamanha desgraça"
Dia da Amazônia
Palavra da Semana: Amazônia, a maior biodiversidade do planeta
Txai Suruí: “As terras indígenas protegem a floresta”
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Créditos:
Pesquisa, curadoria, redação e divulgação: Maria Phernanda da Silva Soares e Higor Mozart G. Santos
Coordenação: Higor Mozart G. Santos
Financiamento: Programa Institucional de Apoio à Extensão (PIAEX) do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (Edital 01/2022) | Projeto “Além dos Pares: a Pesquisa na Sala de Aula”.
Imagem do Astronauta: Freepik
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